13 de jun. de 2012

Vital

Teus olhos lacrimejam
Tuas mãos se tornam ríspidas
Tens vontades de falar
Tentas a boca abrir
A tua voz se calou
Nada mais fazes alem de suspirar
O sangue lhe corre pelas veias
E jorra no escuro chão
Mistura no asfalto insensível
Teu sangue com a negra poeira
Olhas a tua vida passada
Perante a teus olhos correr
Serão estes os últimos momentos???
Será este o fim???
Não sabe e não poderá jamais saber
Pois a ordem de Deus foi dada
Ele somente pode entender
O mundo não foi feito somente de sonhos
A vida não tem somente um doce querer
Onde se está a fantasia
Também se encontra o sofrer
O mundo é somente uma máscara
Um palco em que você é o ator
Nesta vida tudo passa
Somente não se passa o amor
Sombras percorrem a tua mente
Não sabe se está a delirar
Contempla a tuas filhas amadas
Eni e Vilma ali a brincar
Tua esposa adorada
No portão sem lhe cobrar
As horas de bebedeira
Ou as noitadas em um bar
Um lindo sorriso nos lábios
E um doce beijo para lhe dar
Ouve as vozes ao longe
Teu nome estão a chamar
Quantas pessoas a sua volta
E não o podem escutar
O teu peito apertado
A dor a lhe estrangular
Esta  vida desgraçada
Que esta aventura veio a acabar
Os sonhos de um pai zeloso
Em um bar vieram destruir
Nos braços de um amor proibido
O teu mundo veio a ruir
Bastava apenas um não
A valentia falou mais forte
E no fim desta triste noite
Deu um incerto abraço na morte...

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